A pesquisa Indicadores Sebrae-SP foi realizada com apoio da Fundação Seade. Foram entrevistados 1,7 mil proprietários de MPEs do Estado de São Paulo durante o mês de referência. No levantamento, as MPEs são definidas como empresas de comércio e serviços com até 49 empregados e empresas da indústria de transformação com até 99 empregados, com faturamento bruto anual até R$ 3,6 milhões. Os dados reais apresentados foram deflacionados pelo INPC-IBGE.
“São dez meses ininterruptos de crescimento do faturamento dos pequenos negócios, um claro sinal que a retomada da economia está mais consistente, puxada pela queda da inflação, redução da taxa de juros, reformas estruturais e retomada do poder de compra das famílias”, explica o presidente do Sebrae-SP, Paulo Skaf. “Agora é acelerar as reformas e crescer”.
Essa afirmação parte das pesquisas do Sebrae-SP que apontaram um aumento de 5,1% no faturamento real das MPEs em 2.017 sobre 2.016; estamos falando de um segmento que movimentou R$635,9 bilhões no exercício de 2.017.
O segmento consegue reverter a tendência que se acumulava por 3 anos seguidos de resultados negativos de crescimento
O faturamento das MPEs foi puxado pelo comércio e pelos serviços, que registraram aumento de 5,6% e 6,4% na receita real, respectivamente, ante o acumulado de 2016. As MPEs da indústria chegaram ao fim do ano passado com variação de -0,7% no faturamento. Este setor foi o último a apontar recuperação no seu desempenho.
Para os próximos seis meses, 46% dos donos de MPEs de São Paulo projetaram, em janeiro, manutenção na receita do negócio (eram 47% em janeiro de 2017) e outros 34% acreditam em aumento ante 35% de um ano antes. Assim, a avaliação quanto à evolução do faturamento das MPEs mostra uma certa estabilidade nas expectativas.
Esperamos que esses resultados possam indicar de forma definitiva o fim de um período em que a situação fez prevalecer o conceito “back to basics” em que a consolidação em uma posição, mesmo que sem crescimento, era o foco; não podemos nos esquecer que esse período ocasionou o fechamento de aproximadamente 200.000 pontos de vendas.
Claro que o aprendizado traz a evolução, e é com uma economia mais aderente e positiva que podemos apostar em inovação, mudanças de conceitos, aposta em novas tecnologias e tudo que pode alavancar positivamente os negócios.
Que não seja PIROTECNIA, mas sim REALIDADE esse novo período e que possamos usar tudo que aprendemos para mensurar de forma intensa, precisa e ampla todas as possibilidades de negócios que nos apareçam.